Opa! Tudo bem?
Sou o Rafael (ou Rafuxo) e eu sou um “growth-guy” 🤓
Bem-vindos a minha newsletter, a Growth sem Hack.
Comecei essa news pois acredito que não existem atalhos ou hacks.
Mas como trabalhar Growth Hacking sem hacks? Inscreva-se e descubra! 🤭
“Uma organização que não está crescendo, está morrendo.”
Ouvi essa frase faz algum tempo, em algum podcast por ai, do Flávio Augusto da WiseUp.
Partindo dessa afirmação, fica mais fácil justificar a corrida insana das startups por crescimento acelerado para provar que seu potencial pode ser transformado em potência.
Por conta disso, é comum serem criados produtos de forma rápida e pouco planejada, com foco em vender rápido e no maior volume possível.
Contudo, esses mesmos produtos acabam caindo no esquecimento quando o assunto é otimização e aperfeiçoamento.
Na news de hoje falarei sobre o quanto você pode melhorar as primeiras conversões do seu funil (e consequentemente as últimas) revisando o que chamamos de “first mile activities”.
Mas o que são First Mile Activities?
São as primeiras interações que seu usuário precisa realizar até chegar ao ponto chave de valor do seu produto.
Até o primeiro “AHA moment”, entende?
Aquele momento em que ele percebe que o seu produto resolve exatamente aquilo que ele estava precisando.
Chamamos esse tempo que o usuário leva utilizando seu produto até a entrega da promessa de “time to value”.
Nem preciso dizer que quando falamos de time to value quanto menor, melhor né? 👀
Pois o quanto mais rápido seu usuário perceber que a solução do problema dele está no seu produto, maior a sua chance de conversão.
E essa é a nossa meta: a conversão.
Aqui você vai descobrir como otimizar os primeiros pontos de contato do usuário com o seu produto.
Vamos nessa?
Listei alguns dos sintomas mais comuns que podem indicar oportunidades de melhoria para o “time to value”:
1. Alto bounce rate em homepage, landing page ou signup page;
Isso é um indicativo de que seu usuário não entendeu o que o seu produto resolve, por isso revise as copys da sua página e foque em resumir da forma mais simples e direta o que você quer entregar a ele.
2. Usuários criam contas mas não realizam outras ações relevantes;
Parabéns, agora você tem um lead…
Mas do que adianta um lead que não se qualificou sozinho? Ele entendeu que seu produto pode ter o que ele precisa mas se cansou (ou se perdeu) em quais seriam os próximos passos para concluir o que queria.
Revise seu onboarding (caso tenha um e se não tiver crie) e leve o usuário a realização dessas ações relevantes.
Guie o usuário para execução e não somente mostre ou explique, faça o agir.
3. Crescente solicitações de atendimento humano;
Seu usuário quer muito resolver a dor que possui, viu que seu produto é a uma possível solução mas ficou tão cansado leia-se com preguiça que decidiu procurar um humano para explicar o que ele precisa fazer.
Aproveite desses insumos qualitativos para entender as dúvidas, entraves e dificuldades que o usuário vem tendo no processo. Escute gravações de atendimento e tente tornar as análises qualis em quantis.
4. Apps com baixa retenção e engajamento logo após a instalação;
O seu esforço de aquisição está sendo desperdiçado!
A primeira impressão foi boa mas, mais uma vez, você só conseguiu um lead…
Avalie a frequência de uso do seu aplicativo no dia-a-dia do seu usuário para compreender se a entrega que seu produto faz é uma dor frequente ou infrequente.
Aplicativos costumam ter boa retenção se associados a um nível alto de necessidade e a uma alta frequência de uso pelo usuário.
Caso o uso do seu App seja frequente, criar estratégias de ativação por CRM (e-mail e push notification) pode ser uma maneira simples e barata de melhorar esse engajamento e aumentar retenção. Porém, caso seu produto seja de uso infrequente vale a pena reavaliar as expectativas de negócio sobre o App.
Resumindo, faça isso:
Caso seu produto se encaixe em alguma dessas alternativas (ou similares) citadas, as primeiras interações do usuário com seu produto não deixam claro:
1. O motivo dele estar usando seu produto;
2. O que ele pode conquistar utilizando seu produto (benefício);
3. O que ele precisa fazer em seguida (next step).
Por isso, revise com frequência todas as interações dos seus novos usuários com seu produto. Novos insumos nunca deixarão de aparecer.
Analise os insumos qualitativos que você tiver sobre as primeiras interações (caso não tenha crie e tagueie eventos para tê-los), e não deixe de observar o comportamento do seu usuário por gravações de tela e heatmaps, escute gravações do atendimento e entreviste usuários outliers.
O job to be done quando falamos de first miles activities é levar o usuário a AÇÃO.
Explicar, mostrar, simular…
nada disso adiantará.
Leve o usuário a agir.